segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Adolescentes já haviam relatado ameaças de morte antes de chacina no CE, afirma juiz da Infância e Juventude

Seis jovens foram retirados de centro de semiliberdade modelo e quatro deles assassinados a tiros. Juiz afirma que chacina poderia ter sido evitada.


O juiz Manoel Clístenes, da 5ª Vara da Infância e da Juventude de Fortaleza, afirmou ao G1 que adolescentes e pais de internos do Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, na Sapiranga, já haviam denunciado a possibilidade de conflitos entre grupos rivais na unidade. Na madrugada desta segunda-feira (13), o centro registrou uma chacina com quatro internos retirados da unidade e assassinados. Segundo o juiz, os jovens haviam recebido ameaças de morte por membros de uma facção criminosa que atua no bairro onde o centro está localizado.
O titular da 5ª Vara da Infância e Juventude informou que diversos internos haviam relatado que poderia acontecer uma invasão, como a que houve durante a madrugada. Segundo Clístenes, alguns internos que moravam em outros bairros precisaram ser liberados por não haver condições de permanência na unidade socioeducacional.
A Vara da Infância e da Juventuda chegou a comunicar o caso à direção do centro, mas não foram tomadas ações para evitar um possível conflito, segundo o juiz.
"Eu recebi vários jovens e pais que relatavam a questão de uma possibilidade de invasão de outras facções criminosas. Jovens de outros bairros estavam lá, mas não necessariamente pertenciam a facções tidas como inimigas. Então, cheguei a suspender algumas medidas", relatou.
Centro é tido como modelo
O juiz acrescentou que essa foi a primeira vez que o Centro de Semiliberdade Mártir Francisca registrou ocorrência como esta chacina. O local abriga, em na maioria, jovens primários ou que foram apreendidos por delitos de 'baixa gravidade', como roubo sem a utilização de arma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

CADASTRE NO IMAGEM FOLHEADO E GANHE DINHEIRO COMPRANDO NO ATACADO.